por Isabella Bicalho, fonoaudióloga
Vinte de março é o Dia Nacional de Atenção à Disfagia. Ele marca as ações e iniciativas que visam prevenir e orientar sobre o que fazer diante da suspeita do problema, que compromete sobretudo o processo de mastigação e deglutição dos alimentos, causando a impossibilidade de o paciente se alimentar de forma correta e adequada. Mas, o que é a Disfagia? Segundo Donner (1992), a Disfagia ou dificuldade de engolir é um sintoma de uma doença de base, que pode acometer qualquer parte do trato digestivo, desde a boca até o estômago. Este sintoma pode causar risco clínico de desnutrição, desidratação e aspiração de saliva, secreções ou alimentos para o pulmão.
Entre as doenças de base que podem causar a disfagia, estão várias doenças neurológicas: o Acidente Vascular Encefálico (AVC), Doença de Parkinson, Demência de Alzheimer, Esclerose Múltipla, Esclerose Lateral Amiotrófica, Miastenia Gravis, tumores cerebrais, etc. E algumas doenças pulmonares, como a DPOC (Asma e Enfisema pulmonar) e tumores de cabeça e pescoço, que também podem interferir na deglutição.
Além dos sintomas clássicos de tosses e engasgos, dificuldade de mastigar ou deglutir (engolir) os alimentos, sensação de alimento “parado na garganta”, pigarro, espirro, excesso ou falta de salivação, perda de peso involuntária e infecções respiratórias de repetição podem evidenciar sinais de Disfagia.
O tratamento é multiprofissional (médico, nutricionista, fisioterapeuta respiratório e fonoaudiólogo), mas o fonoaudiólogo é o único especialista em Disfagia. Ele faz exames de imagem (videodegluto-grama e videoendoscopia da deglutição) que ajudam no diagnóstico e na definição da conduta clínica. O tratamento baseia-se na adaptação da dieta, manobras e ajustes posturais e a terapia, no ajuste sensório-motor, possibilitando aumento na segurança e eficiência da deglutição e melhora na qualidade de vida do paciente.
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